sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Pai casa com a própria filha

Uma jovem de apenas 18 anos, concedeu uma entrevista a ''The New York Magazine'', sobre os detalhes do seu relacionamento de dois anos com seu pai biológico. Essa notícia tem tomada grande repercussão no mundo, porque afinal, trata-se de um tabu para muitos padrões sociais.

                                                            Imagem Ilustrativa

Sem a identidade revelada, a jovem da região dos Grandes Lagos, nos Estados Unidos, contou que ela conheceu seu pai após 12 anos de afastamento completo. Seus pais se conheceram no colégio, quando tinham 18 anos, e a conceberam na noite da festa de formatura. O casal tinha um relacionamento sério há seis meses, mas terminaram durante a gravidez.
A garota conta que acha que os problemas psicológicos da mãe contribuíram para que a relação não funcionasse, e acrescentou que a mãe sofre de bipolaridade e outros transtornos mentais.
Após seu nascimento, seus pais não mantiveram mais contato, e nos dois primeiros anos de vida, ela foi criada pelos avós, devido ao descontrole da progenitora. Durante esse período, a menina teve um breve contato com seu pai, entre os 3 e 5 anos de idade. Mas os encontros sempre eram tensos e marcados por discussões entre o ex-casal, o que causou o afastamento total do pai.
“Quando eu tinha uns 15 anos, ele escreveu para a minha mãe dizendo que gostaria de me ver. Eu disse que sentia falta dele e não me importaria em encontrá-lo. Minha mãe me perguntou como eu poderia sentir saudades de alguém que eu mal conhecia, que eu não via há muito tempo. Mas a minha carência era de uma figura paterna”. A mãe sempre se relacionou com homens errados, e por conta disso, a garota nunca conseguiu se sentir próxima dos padrastos. 
Aos 17 anos, ela teve a chance de reencontrar seu pai biológico. Na entrevista, ela disse que sua mãe era muito controladora, que ela tinha a senha do Facebook, desde a criação da conta. Um dia, depois da menina recuperar o acesso na rede social, ela aceitou a solicitação de amizade do seu pai. A princípio, ela pensou que fosse seu avô, devido ao nome similar, mas depois percebeu que se tratava do seu pai. Na conversa, ela disse que achava que ele havia falecido, e perguntou por que ele demorou para entrar em contato com ela. Ele respondeu que sempre tentava adicioná-la, mas sempre era rejeitado o convite, pois a mãe controlava o seu perfil. 

Nas comunicações via internet, eles descobriram que tinham muitas coisas em comum, e marcaram de se encontrar uma semana depois. No encontro, a menina pediu para passar uma semana com ele, que morava aproximadamente 30 minutos de distância da sua casa. Ela queria escapar da mãe que era muito controladora. 
Os dois passaram cinco dias juntos, e na época ele estava morando com a namorada. A garota relatou que na primeira noite, ele dormiu no sofá e ela no chão, pois ela havia pedido para que ele ficasse por perto, para o caso dela ter pesadelo durante a noite. Na segunda noite, ele dormiu novamente no sofá, mas no terceiro dia, eles dormiram juntos no chão. A quarta noite, eles passaram novamente no chão, mas dessa vez, eles realmente se abraçaram para dormir. 
Na noite seguinte, após uma brincadeira de lutinha, eles se sentiram atraídos e se disseram confusos, admitindo que sentiam algo forte um pelo outro. Discutiram se isso era certo e acabaram se beijando, o que levou a algo mais íntimo. 
Ela conta que nunca teve vida social, e que havia namorado um garoto durante dois anos, mas que foi traída. Depois, se relacionou com uma mulher, mas ela era muito religiosa e a relação acabou sendo rompida. Mas com o pai ela disse que foi diferente, que se sentia a vontade e confortável em sua companhia, e de que em nenhum momento foi coagida ou sentiu estranheza. ''Foi natural. Não foi um tabu''. 
Ela confirmou, no depoimento, que eles se sentiram completamente apaixonados, o que levou o seu pai a terminar o seu namoro da época. 
A mãe da garota, assim como a família materna os veem como pai e filha, no entanto, a família paterna os aceita como um casal e estão ansiosos para que eles tenham filhos. 
Hoje, após quase dois anos do início do relacionamento, eles planejam se casar. ''Quero um casamento completo, mas não legalmente registrado. Um pedaço de papel não prova que você deseja ficar com a pessoa que ama''. Para se casarem, eles pretendem se mudar para Nova Jersey, onde o incesto entre adultos não é considerado ilegal, e eles podem se sentir seguros perante a lei. 
O casal também deseja ter filhos biológicos, não tendo medo de risco algum. Ela disse que não correria o risco de ter um filho se soubesse que seria prejudicial, afirmando que pesquisou sobre isso. Contou que os problemas genéticos só acontecem quando há anos de consanguinidade, como com a família real. 
A jovem também admitiu que, as vezes, procura o pai como filha. ''Quando eu preciso do meu pai, eu digo 'Hey, pai, preciso de você'. E nesse momento, ele não é meu noivo, mas sim o meu pai''. 
Hoje, ela tem 18 anos e ele 37, mas garantem que essa diferença de idade não atrapalha em nada. 
Quanto aos julgamentos das pessoas, ela diz que não entende por que está sendo julgada por ser feliz. Ela afirma que são dois adultos que salvaram um ao outro, e que as pessoas precisam pesquisar mais sobre incesto e GSA, porque eles não sabem do que se trata e não entendem como acontece. 
‘’Com 18 anos, você sabe o que quer. Você é adulto diante da lei, e eu posso cuidar de mim mesma. Não preciso de proteção e se eu estivesse em uma situação da qual eu precisasse sair, eu sairia. Não tenho medo de me defender’’.

Segundo um estudo realizado por Barbara Gonyo na década de 80, 50% dos casos de parentes que são afastados e se reencontram na fase adulta, sentem atração entre si. A pesquisadora observou a existência de sentimentos amorosos e ''íntimos'' durante as reuniões de reaproximação.

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