Brasileiras do meio artístico, segundo a polícia, recebiam até U$ 100 mil por semana para ter relações $exuais com clientes de elevado poder econômico no exterior
A quadrilha acusada de traficar mulheres brasileiras para prostituição no exterior desbaratada nesta quinta-feira pela Polícia Federal (PF) levava, anualmente, cerca de 90 delas para Angola, Portugal, África do Sul e Áustria (um caso). Segundo o delegado Luiz Tempestini, dois tipos de mulheres partiam do Brasil para o exterior no intuito de passar de 7 a 10 dias nesses países e manter no período relações sexuais com empresários, autoridades e outros clientes de elevado poder econômico.
O primeiro deles era formado por mulheres aliciadas em uma casa de prostituição no bairro de Indianópolis, Zona Sul de São Paulo, algumas delas garotas de programa, segundo a PF, que ganhavam cerca de US$ 10 mil por semana. O segundo grupo tinha modelos capas de revistas masculinas e outras que participavam de programas de tevê - elas chegavam a faturar US$ 100 mil no mesmo período.
As identidades dos cinco presos nesta quinta-feira pela PF dentro da Operação Garina não foram reveladas, assim como as das mulheres. O delegado Tempestini, que investiga a ação da quadrilha há um ano, disse, no entanto, que algumas não chegaram a receber a quantia acordada com aliciadores aqui no Brasil. Segundo ele, pela lei, as mulheres são tratadas como vítimas e não responderão criminalmente, ainda que algumas tenham sido levadas ao exterior pela mesma quadrilha quatro ou cinco vezes.
- Foram presos três homens e duas mulheres. Essas últimas eram as duas principais aliciadoras. Um dos homens é empresário do ramo de shows e chefiava o bando. Além dele, havia um outro aliciador, menor, e um homem responsável pela parte burocrática da quadrilha - disse o delegado, acrescentando que, depois do aliciamento, a viagem acontecia depois de duas ou três semanas.
Além dos cinco mandados de prisão, foram cumpridos outros 11 de busca e apreensão nas cidades paulistas de São Paulo, São Bernardo do Campo, Cotia e Guarulhos. Além desses presos, dois estrangeiros que se encontram no exterior, também integrantes do grupo criminoso, tiveram prisão decretada pela Justiça Federal e seus nomes foram incluídos na lista mundial de procurados pela Interpol, a difusão vermelha.
As identidades dos cinco presos nesta quinta-feira pela PF dentro da Operação Garina não foram reveladas, assim como as das mulheres. O delegado Tempestini, que investiga a ação da quadrilha há um ano, disse, no entanto, que algumas não chegaram a receber a quantia acordada com aliciadores aqui no Brasil. Segundo ele, pela lei, as mulheres são tratadas como vítimas e não responderão criminalmente, ainda que algumas tenham sido levadas ao exterior pela mesma quadrilha quatro ou cinco vezes.
- Foram presos três homens e duas mulheres. Essas últimas eram as duas principais aliciadoras. Um dos homens é empresário do ramo de shows e chefiava o bando. Além dele, havia um outro aliciador, menor, e um homem responsável pela parte burocrática da quadrilha - disse o delegado, acrescentando que, depois do aliciamento, a viagem acontecia depois de duas ou três semanas.
Além dos cinco mandados de prisão, foram cumpridos outros 11 de busca e apreensão nas cidades paulistas de São Paulo, São Bernardo do Campo, Cotia e Guarulhos. Além desses presos, dois estrangeiros que se encontram no exterior, também integrantes do grupo criminoso, tiveram prisão decretada pela Justiça Federal e seus nomes foram incluídos na lista mundial de procurados pela Interpol, a difusão vermelha.
Estima-se que a organização criminosa movimentou aproximadamente US$ 45 milhões com o tráfico internacional de mulheres desde 2007. Nesta quinta-feira foram apreendidos pela PF 11 carros de luxo, 23 passaportes, 9 cópias de passaportes, 14 pedidos de visto junto ao consulado de Angola, moeda estrangeira (ien, euro, dólar e kwanza angolano) e drogas.
De acordo com o delegado, as mulheres eram obrigadas a manter relações sexuais sem preservativos com clientes estrangeiros. Para essas vítimas, os criminosos ofereciam um falso coquetel de drogas anti-HIV.
Os investigados serão indiciados por crime de participação em organização criminosa, tráfico internacional de pessoas, favorecimento à prostituição, rufianismo, estelionato, cárcere privado e perigo para a vida ou saúde de outrem, cujas penas máximas somadas podem atingir 41 anos de prisão.
Segundo o delegado, duas remessas de mulheres eram mandadas por mês ao exterior, cada uma delas com 4 ou 5 mulheres. As idades delas variavam entre 21 e 25 anos.
O nome da operação, Garina, significa menina na gíria de Angola, principal destino do tráfico de mulheres praticado pela organização criminosa desarticulada.
Postar um comentário